Abrindo o coração

  Ficção ou não-ficção: Eis a questão. Por um tempo venho me perguntando de qual dessas áreas eu sou.  Ás vezes duvido se eu sou um escritor. É complicado decidir isso quando todos o desencorajam.
  Minha história como escritor é breve. Nunca cheguei criar personagens, não me importava muito com eles. O que eu gostava era de imaginar. Gostava de explorar as florestas densas, ouvir gritos de alarme, ser o herói combatendo o tigre. Ser o cara que conquistava a garota.
Ser o maioral. Ser o engraçado. Ser o tímido que ultrapassava o limite conseguia alcançar a felicidade. eu não crio personagens para eles viverem. Eu crio o personagem para viver por eles. Para me aventurar, vivenciar, experimentar, para poder voar. É nisso que eu amo da literatura.  Ela é capaz de me fazer reagir, e eu amo isso. Eu amo jogos porque eles me divertem. Eu amo criar jogos porque eu quero passar esse sentimento para outros. Eu quero ser um escritor, não porque desejo fama ou a vida luxuosa do artista. Eu quero ser escritor porque eu quero dividir com as pessoas o que minha mente é capaz de criar no quesito diversão. E eu não quero dizer diversão apenas. Eu quero dizer amor, vitória, heroísmo, liberdade. É isso que eu quero passar para as pessoas. Eu quero passar para as pessoas como fazer a justiça poética com as próprias mãos. Os meus personagens favoritos são modelos do que eu poderia me tornar. Talvez eu tenha que criar o mesmo. E eu sei que para isso é necessário passar pela dor da disciplina. Mas que venha a dor. É pelo caminho da disciplina que eu alcanço os meus sonhos. É pela dor da disciplina que eu mostro para o mundo quem eu desejo ser. Quem realmente sou.
  Ficção, não ficção, não importa. Eu sou um escritor porque escritor é quem devo ser.

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