Exploração da Caverna - parte 1

  Você está numa estrada de terra. Você está de lado, de forma que para sua esquerda e direita, a estrada se estende. Ao redor, uma floresta compõem o cenário, com o horizonte horizonte se perdendo em árvores.
  Na sua frente, um amontoado de pedras se abrem em um buraco ao meio - uma caverna. Ela é escura, e você pode jurar que uma brisa fria vem de lá de dentro, e acaricia seus tornozelos.  Poderia haver coisas perigosas lá dentro. Coisas que te morderiam, coisas que te picariam. Coisas que rastejam, que voam, que te surpreendem pulando em cima de você. Você sente medo. Não quer entrar; nem um pouco. Mas a Caverna te atraia, te deseja, te chama.
  Por trás do medo, você sente excitação. Dás o primeiro passo, relutante. Suas vísceras te imploram para não fazer isso. Todo o seu corpo tenta te impedir de entrar naquela escuridão doentia. Mas você avança, pouco a pouco, com o coração batendo forte.
  A caverna é escura. A luz do sol começa a desbotar, dando lugar a um extenso corredor. Você liga sua lanterna, e o brilho amarelo ilumina o caminho. O chão é irregular, as paredes são de terra e o teto está a uma vez e meia da sua altura distante do chão. Você caminha e caminha, mas a escuridão no fim do túnel continua lá. Você estremece.
  Minutos de caminhada por um caminho estreito e sinuoso, você se depara com uma curva acentuada, A paisagem muda. O corredor abre espaço para uma gruta - e ela é linda. Ela é do tamanho de um grande salão -uma cúpula- e possui várias "camadas", como se fossem degraus, espalhada pelo local.
  No andar mais baixo, existe uma piscina rasa, que chega na sua canela. Ela é de um azul cristalino que te fascina. Não resistindo, você toca na água. Ela é fria, dum modo refrescante e aconchegante. Alguns peixes cinza miúdos fogem quando seu dedo cria agitações e ondas. Debaixo dessa água, um colchão de areia fina e branca se estende até ao fim da piscina, sumindo da sua vista. Essa piscina toma a metade direita da gruta, e vai ficando mais funda, até tocar as paredes. Pode ou não haver um caminho submerso - você não sabe.
  Na parte esquerda, os degraus sobem firmemente. Eles são irregulares, porém, você pode se movimentar por eles ao subir em pedras ou simplesmente escalar a diferença de altura entre eles. Cada degrau possui a metade do seu tamanho. Tudo é cinza e marrom, exceto pela piscina. Tudo é visível, graças ao teto, que possui rachaduras, por onde a luz solar penetra o local. Dessas rachaduras, cipós e raízes caem curtas, e o som dos pássaros distantes pode ser ouvido.
  Você observa tudo, estonteado. Após alguns momentos, você reconhece duas passagens similares a qual você veio. Elas estão nos primeiro e segundo degraus. Elas são próximas e parecidas, como irmãs. Você pode ir pela esquerda ou direita.
  E agora, qual dois dos é o caminho você deve percorrer?