Ensinando Truques Novos Para Raposas Antigas - Prólogo

Ele era um curioso, aquele menino. Com seus olhões grandes por tráz de um óculos de hastes redondas, ele perguntava o porque de tudo. Ele era um bom menino, o nosso Tinho. Ainda é. Eu ainda me lembro um dia, eu estava fazendo uma goiaba, se não me engano. Um tufão em forma de cotoco de gente saiu em disparada, gritando "Fo-gue-te! Fo-gue-te!" O Patrão, um bom pai que só ele,  veio atrás, todo sorridente. Aquele cotoco de gente era a alegria da vida dele. Eles tinham feito esse trambolho doido de garrafa pet e outras coisas estranhas.

"Que trem é esse, patrão?"
"É o nosso experimento", disse o Patrão. Sorriso de orlha a orelha. " Nós estamos criando um foguete de garrafa pet. Você tá convidada para testemunhar o primeiro voô do... Qual era o nome mesmo, Tinho?"
" O Águia Espacial 3000!"
"Ah, claro! O Águia Espacial 3000. Já estamos pronto para o lançamento, capitão?"
"Estamos!" Gritou o Renatinho, feliz que só ele.
O Patrão, apertando o nariz, começou a falar, "Iniciando contagem regressiva! 3... 2... 1... Lançar!"

De repente, o menino pisou o mais forte que ele podia, e o tal do foguete foi tão alta que eu perdi de vista. E, naquele exato momento, olho pro céu quase de noite, que eu lembrei que a goiaba ainda estava no fogo!

Depois disso, o Renatinho foi crescendo, e resolveu que ia ser cientista. E não é que o enino tinha jeito pra coisa? A última vez que ouvi falar dele, ele estava de novo lá, fazendo um treco estranho na garagem da casa dele. Espero que ele não se meta em encrenca dessa vez.

Continua no Ato I.

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